Desaparecidos, quedas de árvores e alagamentos: as consequências do temporal em Campinas

Campinas foi atingida por um forte temporal que provocou enxurradas, alagamentos e terminou com uma jovem de 18 anos desaparecida

Campinas foi atingida por um forte temporal na noite de ontem (24), que provocou enxurradas, alagamentos e terminou com duas pessoas desaparecidas. Uma delas é uma jovem de 18 anos, desaparecida após ser arrastada pela forte correnteza na Avenida Sylvio Moro, na região do Cortume, na Vila Industrial. A via fica às margens do Ribeirão Piçarrão. Durante toda a madrugada, soldados do Corpo de Bombeiros seguiram em busca da jovem que segue desaparecida em Campinas.

Outro jovem de 22 anos também está desaparecido levado por uma enxurrada na quarta-feira. O Corpo de Bombeiros informou que o incidente ocorreu na Rua Ademar Pereira de Barros, no bairro Vila Formosa.

Além dos desaparecidos, na Avenida Princesa d‘Oeste, no Jardim Proença, um motociclista também foi levado pela forte correnteza, mas momentos depois o Corpo de Bombeiros conseguiu fazer o resgate e ele está bem. Na mesma avenida, que é conhecida por sempre ficar alagada na cidade, um casal foi resgatado de dentro de um carro.

Eles voltavam de uma consulta médica quando foram surpreendidos pela chuva forte e a enxurrada. Populares conseguiram tirar o casal do carro.

Balanço de destruição em Campinas
A região Sul da cidade foi a mais atingida pelas chuvas, no Jardim das Bandeiras foram registrados 68 milímetros em uma hora e meia de chuva. Na região Leste da cidade, na área da Orosimbo Maia foram 59 milímetros de chuva e, no distrito de Barão Geraldo, foram 48 milímetros.

Na quarta-feira, a Defesa Civil Estadual já havia emitido um alerta para fortes tempestades que atingiriam a cidade, até a tarde de hoje (25). A previsão indicava também fortes ventos que poderiam alcançar 85km/h, o que acabou não ocorrendo na noite de ontem.

Veja os índices pluviométricos em Campinas:

Jardim das Bandeiras – 68 mm
Orosimbo Maia – 59 mm
Barão Geraldo – 48 mm
Sousas – Leste – 45 mm
IAC – Norte – 45,2 mm
Cepagri – Norte – 45 mm

A Defesa Civil registrou 11 alagamentos de imóveis por conta da chuva da noite desta quinta-feira. Veja as ocorrências de alagamentos por bairros:

três ocorrências na Vila União,
duas na Vila Perseu Leite de Barros,
uma na Vila Industrial,
uma na Vila Castelo Branco,
uma na Vila 31 de Março,
uma no Nova Europa,
uma no Jardim Yeda e
uma no Botafogo.

Também houve chamados para três imóveis em risco: um no Novo Campos Elíseos, um no Nova Campinas e um no São Bernardo.

Foram registradas quedas de árvores na Vila Progresso, Chácara Santa Margarida e Jardim Santa Genebra II (Barão Geraldo). Um muro caiu no Jardim Campos Elíseos.

De acordo com a Prefeitura, Serviços Públicos colocará 600 homens para desobstruir as vias em que houve quedas de árvores. Os funcionários também farão limpeza de boca de lobo, bueiros e das ruas após a água baixar.

A cidade registrou vários pontos de alagamento:
Av. Anchieta x Rua Major Sólon
Av Orosimbo Maia x Av. Brasil
Av. Dr. Heitor Penteado x Kartódromo
Av. Orosimbo Maia x Rua Com. Querubim Uriel
Av. Princesa D’ Oeste x Rua Frei José de Monte Carmelo
Av. José de Souza Campos x Av. Orosimbo Maia
Toda a região do Cortume.

Alagamento no Mário Gatti
A chuva registrada na cidade atingiu parte da recepção do Hospital Mário Gattinho e a sala de espera do Raio-X da unidade. A água entrou pelo ar-condicionado e pelas janelas, porque o isolamento foi danificado com o vento forte e o grande volume de chuva em pouco espaço de tempo. As equipes de manutenção foram para o local e a recepção do Raio-X foi liberada para uso. O atendimento está normal na unidade.

No Pronto-Socorro adulto do Hospital Mário Gatti, a recepção e algumas salas também foram atingidas. Por isso, o atendimento foi transferido para outra ala. Houve um atraso temporário, mas a assistência foi normalizada por volta das 21h. Equipes de manutenção foram acionadas. Por medida de precaução, para evitar que caíssem, placas do forro da unidade foram removidas porque ficaram molhadas. A entrada da chuva ocorreu porque as calhas não suportaram o volume de água.

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