"Meu vizinho tem Covid-19. O que fazer?"

A descentralização dos casos da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, começa a criar uma outra realidade na vida das pessoas. Surgem dúvidas e preocupações, que até duas semanas, não existiam. Cada vez mais, será comum às pessoas, conhecer alguém que tenha os sintomas leves ou graves, ou ainda enfrentar a situação mais dramática, antes vista apenas pela televisão: ter um vizinho, amigo ou familiar que faleceu por causa desta patologia caracterizada pelo forte poder de transmissão do vírus. O que fazer quando o vizinho tem a Covid-19? Essa está se tornando uma pergunta frequente.

Nesta semana, alguns condomínios começaram a ser alvo de muitas mensagens e informações sobre moradores que enfrentam ou enfrentaram os sintomas da Covid-19. Ou ainda, que estão internados por causa da doença.

Uma das primeiras recomendações é ter respeito com quem está lutando contra uma doença ainda desconhecida. Na sequência, vem a questão prática: o reforço dos cuidados com o isolamento social (para quem pode) e das medidas de higiene, que preservam os indivíduos e restringem o potencial de contaminação.

Entidades representantes de condomínios e de elevadores têm divulgado cartilhas sobre como enfrentar esse momento. Em todas, uma das primeiras medidas é a cautela com a higiene e limpeza dos espaços comuns, bem como o fim de reuniões e encontros antes rotineiros. Reuniões de condôminos, por exemplo, devem ser virtuais.

Em casos de dúvidas sobre o que fazer quando se tem um vizinho com a doença no mesmo andar, é recomendável buscar orientações na Secretaria Municipal de Saúde e de serviços como o Disk Coronavírus (4798-5160), que opera 24 horas por dia.

Reuniões, festas e outros tipos de eventos que promovam aglomerações devem ser denunciados à Guarda Municipal, pelo telefone 153.

Síndicos têm a obrigação de monitorar o que está acontecendo no interior dos prédios. Eles devem tratar com transparência e respeito os casos da doença – que serão cada vez mais comuns, bem como para moderar o cumprimento das normas de convívio nestes dias, por causa da pandemia.

Os responsáveis pelos condomínios precisam comunicar as novas normas em vigor, como a limitação do acesso às áreas comuns, providenciar a limpeza constante de lugares com fluxo maior de pessoas, como halls e elevadores; manter apenas os colaboradores essenciais; além de enviar avisos para conscientizar todos sobre as práticas essenciais de higiene, como lavar as mãos.

A transparência na divulgação dos casos poderá ser de grande valia para minimizar o estresse das pessoas e o disse-que-disse das redes sociais. Muitas vezes, elas falseiam os fatos, mas também podem ser meio eficiente para conscientizar os moradores.

Outra orientação, agora, é ser solidário com os vizinhos que estão vivendo uma situação como essa – com os devidos cuidados de higiene, uso de máscara e o distanciamento, é possível ajudá-los nas compras e na resolução de outros problemas durante o enfrentamento desta doença.

Fonte: https://bit.ly/2ApHcpU